terça-feira, 19 de abril de 2011

Guerra contra a primeira tragada

  De acordo com dados fornecidos pela  Organização Mundial de Saúde, um terço da população mundial são fumantes. Dados do Ministério da Saúde são de deixar os pais de cabelo em pé: seis em cada dez crianças entre 10 e 14 anos já deram suas tragadas; somando todos os jovens, entre 10 e 18 anos, cerca de 3 milhões, pasmem! já estão completamente dependentes da nicotina.  Mas tanto os pais quanto os educadores enfrentam um dilema: como abordar esse assunto sem chatice? Dizer simplesmente um não bem redondo ou ameaçá-los caso insistam no hábito? Essas  alternativas tem efeito contrário, dizem os especialistas.
Os jovens vivem um momento de transição, estão deixando de ser crianças e querem formar sua identidade, nesta busca muitas vezes infrigem algumas regras pra relutar diante das imposições dos pais. O cigarro funciona como um fator que para eles parece conferir personalidade. É aí que devemos mostrar a eles que pode-se fazer outras escolhas bem melhores que esta. A adesão em um grupo de defensores do meio ambiente é uma opção ou até um grupo que curte um determinado grupo musical. Muitos jovens também experimentam cigarro por pura curiosidade, já que fumar é até certo ponto um comportamento aceito.
Cerca de 70% dos jovens que começam a fumar na adolescência tornam-se dependentes. Este índice é muito alto e as empresas de tabaco enxergam no jovem um potencial  consumidor, gastando milhões para convencê-lo a dar as primeiras tragadas. Apenas 3% dos fumantes conseguem abandonar o vício. O que isso significa? Que todos os esforços devem se concentrar na prevenção
O aumento das campanhas anti-fumo, a proibição de fumar em locais fechados, como shoppings, restaurantes e aviões, são medidas que ajudam a discriminar o tabagista fazendo com que o cigarro não mais seja visto como algo “natural”, inserido no cotidiano das pessoas.

Porque o governo não proibe?
 O cigarro movimenta a cada ano 300 bilhões de dólares no mundo. O Ministério da Saúde desembolsa 2 bilhões de reais com vítimas do tabagismo, mas o governo arrecada 5,5 bilhões de reais em impostos cobrados da indústria. Sobram 3,5 bilhões limpos para os cofres públicos. O negócio tornou-se lucrativo demais. Proibir essas drogas seria uma medida muito impopular e ninguém quer ser responsabilizado por tomar parte em uma coisa assim. Com certeza.no minimo teria uma guerra civil! E governo algum iria vestir a camiseta para proibir bebida alcoólica ou cigarro... seria o fim da vida política do mesmo. E das regalias é claro!

QUAL A SOLUÇÃO AFINAL?
Já que este problema por enquanto não tem uma solução simples. Os pais são o maior exemplo que os filhos podem ter. Se eles valorizam uma vida saudável, certamente influenciarão seus filhos a não adquirir hábitos prejudiciais à saúde. Diálogo e compreensão são fundamentais, não só na adolescência, mas principalmente na infância, pois é nesta fase que eles precisam de seu apoio, carinho e presença. Sabendo que é amado e cuidado, ele terá mais auto-estima e não se sentirá atraído por comportamentos auto-destrutivos.
Muitos outros fatores influenciam esta escolha, como a publicidade, os amigos, os ídolos. Por isso o trabalho deve ser constante. Incentive-o a praticar esportes. No lugar de dar aquele tênis de trezentos reais pra ele, pague um curso de inglês, dança, luta, teatro, qualquer curso vale, desde que ele possa estar integrado, se sentindo útil e podendo exprimir seus sentimentos de uma forma saudável.

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